A economia brasileira, ao contrário do discurso do governo, é dependente e será fortemente atingida pela crise. O imperialismo, o governo e os patrões querem jogar suas conseqüências nas costas dos trabalhadores. Não é por outro motivo que a General Motors, por exemplo, que vem tendo lucros crescentes no país, quer retirar direitos e reduzir salários. O governo, por sua vez, prepara as reformas da Previdência e trabalhista para um futuro momento de crise.

O PSTU defende um programa dos trabalhadores para evitar a crise e a recessão. Só um conjunto de medidas que atendam às necessidades da maioria da população é capaz de evitar a crise econômica. Para isso, é necessário romper com o imperialismo e o modelo econômico dependente.

As altas remessas de lucros das multinacionais e dos grandes bancos comprovam o caráter parasitário do capital estrangeiro. Para evitar esse verdadeiro roubo de recursos do país é preciso estatizar o sistema financeiro, colocando-o a serviço dos trabalhadores, assim como impedir a fuga de lucros impondo o monopólio estatal do comércio exterior.

Aliado a isso, é necessário uma ampla e radical reforma agrária, que exproprie sem indenização os latifundiários. As linhas de crédito do estado, além disso, ao invés de sustentar e enriquecer os grandes agro-exportadores, como faz atualmente o BNDES, deve financiar os pequenos agricultores.

Uma mudança significativa da vida dos trabalhadores só se dará através do aumento real da renda. Para isso, é preciso aumentar já o salário mínimo. O PSTU defende dobrar o salário como medida emergencial, rumo ao mínimo definido pelo Dieese. Os lucros recordes das empresas, bancos e o aumento da arrecadação do governo no último ano provam que isso é plenamente possível.

O desemprego estrutural é outro fator que atinge os trabalhadores, sobretudo em períodos de crise. O PSTU defende um amplo programa de obras públicas, que, ao mesmo tempo em que resolverá graves problemas, como a falta de saneamento e o déficit habitacional, gerará empregos.

Por um governo dos trabalhadores
O atual modelo econômico, quando cresce, enriquece uns poucos banqueiros e empresários. Quando entra em crise, penaliza a grande maioria da população, com o aumento da miséria e do desemprego. Os poucos banqueiros e empresários continuam ricos. O governo Lula defende e sustenta esse atual modelo, oferecendo migalhas na forma do bolsa-família para evitar convulsões sociais dos setores mais miseráveis.
Só um governo socialista dos trabalhadores pode implementar um programa para conter a crise, atacando os lucros dos grandes empresários, banqueiros e latifundiários a fim de distribuir renda e propiciar uma real melhora na vida da grande maioria da população.

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