O atual processo venezuelano foi iniciado com o “caracazo”. Em fevereiro de 1989, uma insurreição operária e popular contra o governo de Carlos Andrés Pérez colocou em crise todas as instituições do país e foi duramente reprimida, gerando cisões inclusive nas Forças Armadas.

Desta crise surgiu um setor de oficiais que rompeu com o governo e se agrupou em torno de Hugo Chávez, que encabeçou uma tentativa de golpe militar, em 1992. Mesmo preso, Chávez começou a ganhar prestígio entre os setores operários e populares. Em dezembro de 1998, Chávez vence as eleições presidenciais.

Golpes
Apesar dessas profundas limitações do governo Chávez (que continuou pagando pontualmente a dívida externa), o imperialismo ianque decidiu impulsionar a tentativa golpista de setores burgueses venezuelanos: o 11 de abril de 2002.
O golpe, porém, foi derrotado por uma insurreição de massas. De volta à presidência Chávez decide deixar os golpistas na mais completa impunidade. Assim, os golpistas tentaram deflagrar dois novos golpes.

Em 2003, uma greve patronal-petroleira tentou inviabilizar economicamente o país e derrubar o governo. Os trabalhadores não se intimidaram e enfrentaram os patrões, derrotando mais esse golpe.

Novamente impunes, os golpistas tiveram forças para procurar uma via institucional para dar mais um novo golpe. Em 2004 foi realizado um plebiscito para definir a continuidade do mandato de Chávez. Mais uma vez, as massas derrotaram o imperialismo. Após o resultado do plebiscito, Chávez procurou se reconciliar com os setores da burguesia golpista.

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