O Fórum Social Brasileiro (FSB) acontecerá entre os dias 6 e 9 de novembro em Belo Horizonte (MG), como parte da preparação do IV Fórum Social Mundial, que ocorrerá em janeiro na Índia.

O FSB acontece em uma nova situação mundial. O imperialismo norte-americano, para enfrentar sua crise, promove cada vez mais guerras e ocupações militares, visando recolonizar o mundo. Por isso tenta implementar a Alca a todo custo para acelerar o processo de recolonização da América Latina.

Mas a ofensiva imperialista tem esbarrado no crescimento das lutas e na resistência dos trabalhadores. Revoluções derrubam governos e derrotam golpes, como na Venezuela, Equador, Argentina e agora na Bolívia. A resistência do povo iraquiano à ocupação imperialista aumenta a cada dia, provocando crise no governo dos EUA. Na Palestina, a Intifada segue enfrentando o fascista Sharon.

Aqui no Brasil, o governo Lula assumiu em meio a grande expectativa de mudança. Mas, depois de nove meses, já está clara a opção deste governo, ao continuar pagando a dívida externa, garantir o superávit primário, as reformas do FMI e aceitar a Alca.

É nessa situação que milhares estarão reunidos em Belo Horizonte. Mas qual é a alternativa apresentada pela direção do Fórum? Infelizmente, a mesma política apresentada em outras edições do FSM, como a proposta de “humanização do capitalismo”. Para a direção do Fórum, as revoluções são coisas do passado, não existem mais exploradores e explorados, mas sim “cidadãos”. Para eles, o Estado burguês não precisa ser derrotado, mas sim reformado. Aceitam também que o governo continue a negociar uma “Alca Light” com o imperialismo. Essa é uma concepção que leva os trabalhadores a se adaptarem ao neoliberalismo, domesticando suas lutas e evitando choques com o capitalismo.

Nós, do PSTU, afirmamos que viver sob o sistema capitalista não é mais possível. O capitalismo só promove a miséria, a barbárie e a guerra. Nesse Fórum, continuaremos dizendo que a única transformação possível será construída pelos trabalhadores, sem pactos com os capitalistas. É necessário derrotar a Alca e não negociá-la. Romper com o FMI e não pagar a dívida. Afirmamos que o único caminho para acabar com a miséria e a exploração é a revolução socialista. O capitalismo promove miséria, desemprego e guerras a serviço do lucro.

Por isso, nesse Fórum, temos que gritar “Capitalismo mata! Morte ao capitalismo. Um mundo socialista é possível”.
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