O PMDB ganhou mais um ministério no governo Lula. No último dia 21, o senador Edison Lobão tomou posse do Ministério de Minas e Energia. Agora o partido passa a controlar 6 das 37 ministérios. Estão nas mãos dos peemedebistas os ministros da Integração Nacional, Agricultura, Saúde, Comunicações e Defesa.

Apadrinhado por José Sarney, Lobão é um típico representante da oligarquia do Maranhão e não entende nada sobre os complexos problemas de energia que o país enfrenta. Só foi alçado ao ministério em função do loteamento de cargos promovido pelo governo.

A nomeação de Lobão foi acompanhada por um intenso loteamento dos cargos das estatais. O PMDB abocanhou a presidência da Eletrobrás, Eletrosul, a diretoria Internacional da Petrobras e nos próximos dias levará Furnas.

É o típico jogo do toma-lá-dá-cá. O governo troca cargos e as polpudas verbas das estatais pelo apoio do PMDB no Congresso Nacional. Assim tenta evitar derrotas como a da CPMF, enquanto o partido desvia dinheiro para financiar suas campanhas eleitorais. E Lula não se constrange em fazer esse jogo podre, dizendo que irá “receber de braços abertos” os indicados pelo PMDB.

Meu garoto!
Mas a nomeação de Lobão trouxe alguns incômodos para sua família. Uma enxurrada de denuncias atingiram seu filho e suplente a sua vaga no senado, Lobão Filho (DEM), ou simplesmente Lobinho. Ele é acusado é acusado de utilizar laranja para escapar de dívidas com o fisco, além de ser sócio de uma empresa comandaria uma rede de sonegação de impostos no Maranhão. Segundo a Promotoria, Lobinho sonegou R$ 42 milhões desde 2000. Apesar de pertencer ao DEM (ex-PFL), Lobinho está passando para a base aliada por indicação de seu pai.
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