A estudante Rute Araújo é militante do PSTU há quase um ano. Mulher e negra, ela desafiou a descriminação e foi à luta com os trabalhadores da construção civil, assim como as dezenas de militantes do partido que comparecem aos piquetes. A forte presença com panfletos, faixas e o Opinião Socialista fez com que o partido sofresse ataques da imprensa da cidade.

Em todos os dias da greve, Rute acordava ainda de madrugada e ia para os piquetes com os peões. Animada, ela se tornou referência na categoria, puxando palavras de ordem em solidariedade à greve e contra os patrões. Na hora dos discursos, a presença de Rute era reivindicada pelos peões e uma das mais aplaudidas.

“Milito no setor de educação, mas a gente também atua em outros setores,aonde tem mobilização, principalmente no setor operário. A gente aprende muito, porque trabalhador não é burro. Trabalhador tem consciência da sua situação, tem consciência de sua dificuldade”, afirma Rute. “São esses operários que serão os condutores da revolução”, completa.

Mas e o machismo, numa categoria composta majoritariamente por homens? “O machismo é reflexo da mídia e educação dos operários. A gente dialoga com eles, pra eles trazerem suas mulheres e filhas para a luta também”, explica Rute.

Post author Com o entusiasmo diário nos piquetes, militante do PSTU se torna referência no apoio à greve
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