Após três meses, foi encerrada no dia 3 de julho a greve da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Os 90 dias de greve de professores, técnicos-administrativos e estudantes da UERJ foram um marco na luta contra o corte de verbas, por reposição salarial, enfim, em defesa de uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática.

Além de reafirmar a unidade dos três segmentos e denunciar o caos em que vive a UERJ, a greve conquistou o PCC (Plano de Carreira) para os servidores técnicos-administrativos. O PCC, apesar de não contemplar todos os anseios dos funcionários, devido às mudanças impostas pelo governo e pela reitoria, representa uma importante vitória, pois há anos os servidores lutavam por um plano de carreira a exemplo dos professores, que o conquistaram nos anos 90.

A greve foi um marco na luta do funcionalismo estadual, que chegou a paralisar cerca de 200 mil servidores, como os profissionais da educação da rede estadual e da rede FAETEC, nos meses de março e abril, contra o arrocho salarial e o desmonte dos serviços públicos impostos pelo desgoverno de Rosinha/Garotinho. O governo, pressionado pelo movimento, foi obrigado a encaminhar no dia 29 de junho para aprovação na Assembléia Legislativa as propostas de planos de carreiras que estavam engavetadas, que beneficiam 21 categorias e abrangem cerca de 50 mil servidores.

A luta da UERJ continua, pela pauta integral e contra a suspensão do PCC. O Ministério Público Federal encaminhou uma representação ao Procurador Geral da República solicitando uma ação que suspenda o conjunto dos PCC´s aprovados pela Alerj por ferirem a legislação e terem um caráter eleitoreiro. O curioso é que diversas outras medidas dos governos federais e estaduais, oportunistas e prejudiciais para a população, não são questionadas.

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