Em Fortaleza, cerca de 3 mil pessoas participaram do Grito dos Excluídos, dirigido por setores de base das pastorais da Igreja Católica. A concentração reuniu um grande leque de movimentos com suas consignas, que foram desde a luta pela reestatização da Vale do Rio Doce até denúncias às perseguições do movimento indígena. Também teve a defesa dos mangues do Rio Cocó, ameaçados pela concessão ambiental cedida pela prefeita Luizianne Lins (PT) ao grupo empresarial do senador Tasso Jereissati (PSDB).

Grande destaque mereceu a coluna do PSTU, Conlutas e Conlute que, com um grupo organizado de 80 pessoas entre militantes e ativistas, destoou do conjunto do ato com pelo seu nível de organização e agitação, com bandeiras, faixas e palavras-de-ordem. A ação do PSTU destoou, também, das demais organizações tradicionais do movimento como PT, PCdoB, MST, CUT que nem sequer levaram suas bandeiras ou simplesmente não foram ao ato. A receptividade ao PSTU foi sentida na venda de 40 jornais Opinião Socialista por uma comissão de propaganda de oito companheiros.

“A Vale é nossa, não abro mão, vamos lutar pela reestatização!”, “Dívida externa não pago não, quero dinheiro pra saúde e educação!” e “Não é livre quem manda oprimir, fora as tropas brasileiras do Haiti!”, foram algumas das palavras de ordem agitadas pela coluna do PSTU, Conlutas e Conlute que recebeu apoio de parte dos manifestantes presentes ao ato.