Os 2.200 trabalhadores da Usina da Gerdau Villares, em Pindamonhangaba (SP), entraram em greve nesta quinta, 22 de outubro, por tempo indeterminado. Eles querem reajuste salarial e abono.

Depois de o sindicato, filiado à CUT, ter rachado sindicato, os trabalhadores decidiram entrar em greve contra a intransigência da empresa. A maioria da direção da entidade, hoje ligada à Força Sindical, vinha enrolando a campanha salarial. Já a CUT estava propondo assinar um acordo rebaixado.

Na quarta-feira, os metalúrgicos da Gerdau de São José dos Campos já haviam parado por 24 horas. O motivo foi o mesmo: a negativa da empresa em apresentar uma proposta decente aos trabalhadores.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, filiado à Conlutas, a empresa agiu com truculência tentando impedir a paralisação. A Gerdau enviou carros para buscar os trabalhadores em casa e convocou a Polícia Militar para forçar a entrada dos metalúrgicos que continuaram parados

Os trabalhadores de Pindamonhangaba contam com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Mesmo debaixo de uma forte chuva, os metalúrgicos esperaram a mesma passar para votar a greve.

Eleições Sindicais
Em meio à campanha salarial, acontecem as eleições para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba e Região, eleição que vem se arrastando desde o ano passado. A CUT fraudou os três turnos para impedir que a ala dissidente da diretoria, na época, ganhasse as eleições. Como o processo foi parar na Justiça, a CUT nacional mudou de lado e resolveu apoiar a dissidência, levando a maioria da diretoria a bandear para a Força Sindical.

A Conlutas também está na disputa, concorrendo na chapa 4. As eleições serão nos dias 19 e 20 de novembro, coordenadas pela justiça do trabalho, interveio no processo depois da lambança que a CUT fez.