Então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) aproveitou a lei das famigeradas PPP’s (parceria público-privada), do governo Lula, e deu início à privatização do metrô através de concessão da Linha 4 por 30 anos. O governo entra com 73% dos R$ 3,4 bilhões e a burguesia pode entrar com os outros 27%, com equipamentos que ela mesma fabrica. O governo garantirá o lucro a essas empresas, independente se houver ou não o fluxo dos 900 mil passageiros diários previsto. A burguesia ainda terá a renda com aluguel de espaços.

ulação a favor da greve
No dia 15 de agosto os metroviários fizeram uma grande greve de 24 horas, alertando a todos sobre o que estava acontecendo e o que é a PPP. Informamos com uma semana de antecedência a população usuária do metrô, soltando milhares de panfletos nas estações com maior concentração de usuários, explicando os motivos da greve e falando sobre os problemas da privatização, fazendo com que a população ficasse ao nosso lado.

No dia da greve, a rádio Bandeirantes resolveu de surpresa realizar um debate entre um diretor do sindicato e o secretário de Transporte. Logo após o debate houve uma pesquisa sobre se população era a favor ou contra a greve dos metroviários e, para surpresa deles, mais de 72 % da população ficou a favor da greve.

Começamos a organizar um abaixo-assinado contra a privatização do metrô e, em uma única tarde, coletamos mais de 10 mil assinaturas. A população levava listas do abaixo-assinado para pegar assinaturas com vizinhos, parentes e amigos. Além disso, a Conlutas aprovou em sua reunião nacional apoio à luta contra a privatização, encaminhando moções a todos os seus sindicatos.

e PSDB a favor da Privatização
A greve trouxe à tona a posição dos candidatos sobre a privatização. A maioria dos metroviários sabia da posição de José Serra (PSDB). O que não sabiam é que Aloizio Mercadante, candidato ao governo pelo PT/PCdoB (partidos que também têm maioria na direção do sindicato), também estava contra os metroviários. Mercadante se declarou publicamente contra a greve e a favor da PPP.

Heloísa Helena foi a única candidata a presidente a se posicionar contra a privatização, assim como o candidato da Frente de Esquerda ao governo estadual, Plínio de Arruda Sampaio, que esteve presente em nossa assembléia para apoiar a luta.
Post author Alexandre Leme e Celso Borba de São Paulo
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