Entre outros ataques, governo quer aumentar impostos e cortar 10% dos salários dos servidoresTrabalhadores do setor público e privado preparam uma grande greve geral que promete parar a Grécia neste dia 24 de fevereiro, quarta-feira. Calcula-se que algo como 3 milhões de trabalhadores cruzarão os braços, entre servidores municipais, dos ministérios, dos hospitais, colégios e universidades, além de bancários e operários.
Os trabalhadores ferroviários, motoristas e controladores de vôo devem paralisar completamente o sistema de transportes no país. Até mesmo os jornalistas devem parar, provocando um verdadeiro “apagão” de notícias durante 24 horas.
Na madrugada do dia 23, sindicalistas já bloqueavam a entrada da Bolsa de Valores de Atenas, sinalizando a greve que se daria no dia seguinte. Essa greve do dia 24 se soma à greve geral do dia 11 de fevereiro, indicando uma escalada de greves e mobilizações em massa no país contra os efeitos da crise econômica.
Ataques sem precedentes
A greve geral se dá contra os brutais cortes preparados pelo governo grego, sob pressão da União Européia e o FMI, como forma de reduzir o déficit fiscal do país. A UE pressiona a Grécia para que reduza o déficit de 12,75% para 8,7% em 2010. O governo pretende concretizar essa exigência aumentando os impostos, realizando uma reforma da Previdência e cortando os salários dos servidores públicos em 10% (atingindo 40% no caso dos professores das universidades).
A crise fiscal vem sacudindo os países europeus. Além da Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda estão quase falidos. provocando uma onda de ataques dos governos contra a população e os serviços públicos. Na Espanha, os trabalhadores estão respondendo com greve a proposta do governo Zapatero de aumentar a idade para as aposentadorias.