Em todo o Brasil, trabalhadores saíram à luta e enfrentaram o governo, os patrões e as direções governistas. Contra as direções governistas, os batalhões pesados dos trabalhadores do país começaram a entrar em luta. Ao mesmo tempo, várias entidades sBANCÁRIOS MOSTRAM O CAMINHO

bancários mostram o caminho
O grande movimento de luta que mostrou o caminho às demais categorias foi a greve nacional dos bancários. No início de setembro, a base dos bancários atropelou a CNB/CUT e foi à greve. Lutando contra o governo Lula e um dos setores que mais lucram com sua política, os banqueiros, a greve ganhou o apoio da população e se transformou numa das maiores da história da categoria.

JUVENTUDE SE REBELA

Não foi apenas em São Paulo que as universidades se rebelaram contra a política de desmonte do governo. Na greve da Bahia, a luta contra a reforma Universitária foi uma das principais exigências. E quem achou que a luta pelo passe-livre tinha terminado com a Revolta do Buzu, em Salvador (BA), teve uma grata surpresa. A juventude de Fortaleza (CE) e Florianópolis (SC) protagonizou verdadeiras insurreições pelo passe-livre.

FUNCIONALISMO EM LUTA

Em maio de 2004, os servidores públicos federais deram início a uma greve geral por reajuste salarial.

No entanto, a maioria da direção da Federação de Sindicatos dos Trabalhadores em Universidades Públicas (Fasubra) e da Confederação Nacional dos Servidores Federais (Condsef), ligadas à CUT, jogou no lixo o movimento unificado em troca de migalhas oferecidas pelo governo através de acordos rebaixados.

GREVES ENFRENTAM OS GOVERNOS ESTADUAIS

Os trabalhadores da saúde e das universidades estaduais de São Paulo realizaram longas greves contra o governo Alckmin (PSDB). Trabalhadores da educação e do Judiciário de vários estados também pararam contra suas precárias condições de trabalho. Em São Paulo, os funcionários do Tribunal de Justiça tiveram destaque impulsionando pela base a maior greve da história do Judiciário, enfrentando toda sorte de repressão. No Rio de Janeiro, os trabalhadores da Universidade Estadual, a UERJ, terminam o ano em uma greve que dura mais de 100 dias contra a intransigência do governo Rosinha Matheus (PMDB).

CUT: A HORA DA RUPTURA

Vários sindicatos começam a romper com a CUT. A Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos deixam a CUT e chamam uma nova alternativa. Sindicatos de todo o país também rompem com a central.

Já romperam com a CUT, entre outros: o Sinasefe, Sindicato Nacional dos Servidores Federais de Educação Básica e Profissional; o Sindicato dos Funcionários da Ufscar; o Sindicato dos Servidores de Bauru; o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Belém e o Sindicato de Petroleiros de Alagoas e Sergipe.

Além disso, inúmeras entidades já abriram na base o debate sobre a desfiliação, como o Andes, os sindicatos de bancários de Bauru e do Rio Grande do Norte. Vários congressos também irão discutir o tema, como o da Condsef, o da Fasubra, e o da Federação dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência e Assistência Social (Fenasps).

Post author Por Diego Cruz, da redação
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