CSP Conlutas

Central Sindical e Popular

Quem matou Barriga? Foi com esse questionamento que a Plenária Operária Popular e Sindical realizada nesta quarta-feira (24) cobrou celeridade nas investigações do assassinato do operário e membro do S.OS Emprego Clodoaldo Santos, conhecido como Barriga.

O trabalhador foi executado na porta de sua casa, no município da Barra dos Coqueiros, em Sergipe. Os indícios apontam que a motivação do crime pode ter sido pela atuação do militante no movimento S.O.S Emprego, marcada por mobilizações no último período, sobretudo, na obra bilionária da Termelétrica Porto de Sergipe.

Mais de 200 pessoas participaram da atividade organizada pela CSP-Conlutas e realizada na sede da OAB do estado. Integrantes de entidades do movimento sindical, popular e estudantil e parlamentares estiveram presentes e cobraram justiça para o militante.

Entre os encaminhamentos tirados nessa plenária estão uma moção requerendo do governo do estado agilidade nas investigações pelo homicídio do companheiro Barriga. Além disso, punição dos assassinos e seus mandantes.

Uma campanha com o mote “Quem matou Barriga?” também foi aprovada na ocasião e será permanente até a solução do caso.

Não mataram apenas Barriga, tentaram matar a luta
O dirigente da CSP-Conlutas Bruno Dantas, presente na plenária, salientou que o Estado precisa assumir sua responsabilidade nesse caso.

Nós, trabalhadores, exigimos nesse momento a imediata investigação e a punição dos executantes desse assassinato. Porque não mataram apenas Barriga, tentaram matar a nossa luta para calar nossa voz”, frisou o militante.

O que está em jogo, segundo o dirigente, é direito do trabalhador em poder lutar por seus direitos, sem ter que pagar com a vida.

Por emprego e justiça, a luta continua
O também integrante do movimento S.OS Emprego Willames Santos destacou o histórico de luta de seu companheiro de mobilizações, o Barriga. “Ele, para garantir o pão de cada dia, descascava coco a 10 centavos. Sempre foi um trabalhador honesto e lutou para ter um emprego digno e também para que outros trabalhadores conseguissem isso”, salientou.

Para Willames a morte de Barriga deve servir para impulsionar a batalha por justiça e também pela bandeira permanente do movimento, o emprego.

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