Os servidores do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) realizaram uma paralisação de 48 horas, em 13 e 14 de abril, contra a ridícula proposta do governo Lula, de reajuste de 0,1%. O movimento foi vitorioso, com um alto índice de paralisação.

Além de protestarem contra a “esmola” oferecida pelo governo, os servidores reivindicam melhores condições de trabalho e a contratação de mais 18 mil funcionários. Eles também criticaram os cortes de gastos, que provocaram redução nos valores e limitação no auxílio-doença e auxílio-maternidade.

Mobilizações pelo país
De acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), a paralisação atingiu a maioria dos postos do INSS nos estados. Em vários locais, o índice de adesão chegou a mais de 90%, como em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco e Paraíba. Em alguns estados, os trabalhadores da Saúde também aderiram ao movimento. No Rio de Janeiro, a paralisação estendeu-se aos hospitais estaduais, como o PAN de Campo Grande e o Rocha Faria, com a reivindicação da unificação do PCCS (Plano de Cargos, Carreira e Salários).

Em todo o país, os manifestantes protestaram com atos de rua. Em Porto Alegre (RS), um grupo de servidores distribuiu balas no Mercado Público, representando o valor de 0,1% (cerca de R$ 0,80) do reajuste proposto pelo governo. Em São Paulo, em 13 de abril, os servidores realizaram um protesto na porta da Superintendência do SUS, no Viaduto Santa Ifigênia, além do dia de luto pelo 0,1% de aumento. Em Brasília, apesar do Sindicato não ter convocado a categoria para a greve (eles não sabiam da paralisação), os servidores do INSS organizaram-se sozinhos (por fax, telefone, etc.) e garantiram a paralisação de todo o setor.

Em 4 de maio, paralisação nacional dos servidores
Os servidores devem impulsionar um calendário de lutas pelas suas reivindicações. A realização de um dia nacional de luta, com paralisação em todo o serviço público federal em 4 de maio, pode combinar uma ação dos servidores com as atividades de diversos outros setores da classe trabalhadora, que estarão desenvolvendo várias lutas contra as reformas Sindical e Trabalhista e, também, por suas campanhas salariais.

Post author Paulo Barela, da Direção Nacional do PSTU
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