O campo é onde o ritmo de trabalho mostra a sua face mais cruel. Com o avanço do biocombustível, comemorado pelo governo Lula, a superexploração tem aumentado, destruindo a expectativa de vida do trabalhador rural. Os trabalhadores recebem pelo que conseguem cortar e, assim, esforçam-se ao máximo para receber uma miséria por dia.

Muitos não agüentam e simplesmente morrem enquanto trabalham. Nas lavouras do interior de São Paulo, foram registradas 21 mortes por exaustão de abril de 2004 a 2007, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola. Isso decorre do aumento do esforço exigido dos trabalhadores. Enquanto em 2004 a média de cana cortada por trabalhador era de 7,94 toneladas por dia, em 2007 esse número era de 8,74 toneladas. Na região de Ribeirão Preto (SP), a média de cana cortada por bóia-fria era de 9,81 toneladas nesse ano, contra 6,79 toneladas em 2004.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, os casos de superexploração e desrespeito trabalhista aumentaram, de 136 casos, em 2006, para 151, em 2007.

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