Metalúrgicos paralisam complexo Volks por PLROs metalúrgicos da Volkswagen estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 30. Os trabalhadores reivindicam PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 5.500. A Volks, em reunião realizada no dia 29 com a Comissão de Fábrica (CF) e o sindicato, não avançou de forma significativa na sua proposta de PLR, que de R$ 4.600 foi para R$ 4.700.

Já na assembléia do dia 31, os oito mil trabalhadores da empresa do turno da manhã surpreenderam a direção do sindicato e aprovaram greve imediata. Os operários entraram para fábrica fazendo os famosos arrastões (passeata nas áreas).
No turno da tarde, os cerca de três mil trabalhares se somaram aos já parados. Porém, a direção do sindicato mudou a orientação e mandou que todos deixassem a fábrica e voltassem só na segunda-feira, dia 3, ficando dentro da fábrica só os diretores do sindicato e da CF, junto com a oposição.

Com a paralisação total da Volks do ABC, as outras plantas de Taubaté e de Curitiba tiveram sua produção semi-paralisada, já que parte das peças são produzidas na unidade. A direção da Volks, irritada com os problemas de produção nas outras fábricas, entrou na justiça e alegou ter conseguido um indulto proibitório retirando a representação dos trabalhadores da fábrica paralisada.
O presidente do sindicato, José Lopes Feijó, fez um acordo com a direção da Volks de só deixar quatro representante na fábrica, dois da oposição e dois da situação, abrindo espaço para as chefias furarem a greve.

Os trabalhadores de São Carlos e Taubaté também decidiram paralisar a partir do dia 4, podendo chegar a 18 mil o número de trabalhadores parados. Pela primeira vez os trabalhadores param todo o complexo Volkswagen.
Post author Emmanuel de Oliveira, de São Bernardo do Campo
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