Nesse dia 3 de setembro os petroleiros da Replan, a Refinaria de Paulínia, renderam o turno e permaneceram em greve por 8 horas. A categoria está em campanha salarial e partiu para a greve para cobrar da Petrobrás avanços na negociação. A paralisação foi aprovada em assembleias pela categoria, em vários estados do Brasil.

Desde a madrugada, os portões da refinaria foram fechados com faixas sobre a greve. Houve a participação e apoio do MST, do PSTU e de estudantes da Unicamp durante a paralisação. O ato de greve impediu a entrada de gerentes e supervisores para dentro da refinaria.

A Petrobrás apresenta uma proposta econômica que não atende às reivindicações da categoria e ainda privilegia os salários mais altos em detrimento dos que recebem menos. Além disso, a empresa não avançou em relação às cobranças dos petroleiros sobre condições de trabalho e segurança, principalmente no que diz respeito aos terceirizados.

Os petroleiros reivindicam reposição da inflação do período (setembro de 2009 a agosto de 2010) pelo ICV/Dieese (estimativa de 5%); ganho real e produtividade (10%); melhorias no programa Jovem Universitário (reembolso de parte das mensalidades dos trabalhadores matriculados em faculdades particulares); proteção dos direitos trabalhistas dos terceirizados; fórum nacional para debater com os gestores da Petrobrás mudanças estruturais na área de SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança) e pelo fim da RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime), que é uma remuneração variável e discrimina, porque exclui, os aposentados e os petroleiros mais antigos e das empresas terceirizadas.

A luta é por aumento real de salários para todos os trabalhadores e os aposentados!