Acordo para pagamento de rescisões ainda não foi assinado pela empresaNesta sexta-feira, dia 3, uma nova assembléia será realizada com os trabalhadores da empresa LG Philips, às 9h, na porta da fábrica, em São José dos Campos. Os cerca de 1.200 trabalhadores estão aguardando a assinatura do acordo para o pagamento das rescisões trabalhistas, que deveria ter sido feita no início desta semana. Porém a LG Philips vem arrumando desculpas e adiando o fechamento do acordo.

O Sindicato realizou uma assembléia com os trabalhadores nesta quinta, pois estava previsto que o acordo estaria assinado. A empresa havia garantido que isso seria feito antes da assembléia, mas pela manhã a assinatura do acordo foi adiada pela empresa e remarcada para as 14h desta quinta. Por isso, nova assembléia foi marcada para amanhã.

Enquanto isso, os trabalhadores continuam sem nenhuma garantia do cumprimento, por parte da empresa, do acordo de pagamento das verbas rescisórias. “A empresa está arrumando desculpas, para tentar adiar o pagamento dos valores que os trabalhadores têm direito, mas não vamos deixar isto acontecer. Caso haja algum problema na reunião de hoje, na assembléia de amanhã vamos decidir com os trabalhadores que posição tomar”, disse o diretor do Sindicato Ivan Trevisan.

A LG Philips, que há alguns meses passou a usar o nome de LP Displays, anunciou no início de junho o fechamento da empresa em São José e em mais outras três cidades do país, gerando mais de 2.000 demissões. A empresa decidiu fechar suas fábricas brasileiras para começar a importar os cinescópios da China, onde a mão-de-obra é muito mais barata, e produzir sem pagar impostos na Zona Franca de Manaus. Desde então, o Sindicato vem travando, junto com os trabalhadores, uma luta para garantir os direitos dos trabalhadores.

Desde a semana passada a empresa foi encerrando suas atividades na produção. Mas, desde o início, o fechamento da empresa não sofreu nenhuma pressão ou contestação por parte dos governos federal, estadual e municipal. Nem a favor da garantia dos empregos ou em defesa do pagamento dos direitos trabalhistas, que a empresa está enrolando para pagar.

“Estas empresas, quando querem se instalar, ganham mundos e fundos do governo, mas na hora que decidem ir embora simplesmente viram as costas e eles nada fazem”, criticou o diretor Trevisan.