Os trabalhadores da GM de São José dos Campos, em assembléias às 6h e às 14h30 deste 21 de setembro, rejeitaram a possibilidade de irem para greve, mas estão divididos entre duas propostas negociadas entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos.

A assembléia da manhã aprovou, com 95% dos votos, o reajuste de 4,19% a partir de outubro, 1,23% em janeiro (o que totaliza 5,47%) e mais o pagamento de um abono de R$ 700 no próximo dia 2.

Já os trabalhadores do turno da tarde se mostraram divididos, já que também existe uma proposta em que os trabalhadores teriam os 5,47% incorporados somente em janeiro e receberiam um abono de R$ 1.200 no mesmo dia 2. Essa proposta foi aceita por 60% dos metalúrgicos do turno da tarde. Os outros 40% ficaram com a maioria dos companheiros do turno da manhã.

Devido ao impasse, o sindicato resolveu fazer uma nova assembléia com todos os trabalhadores nesta sexta-feira 22, às 14h. A reunião vai unificar primeiro e segundo turnos.

“Como ficou esse impasse entre as duas propostas, vamos reunir todos os trabalhadores para fazer uma única assembléia, respeitando democraticamente a tradição da categoria“, disse o diretor do Sindicato Vivaldo Moreira.

Benefícios
Independentemente da questão da data de incorporação do índice e do valor do abono, o acordo prevê vários benefícios como a estabilidade no emprego até 31 de março de 2007, o congelamento dos reajustes do transporte, o adicional noturno de 30% (superior à lei), o aumento do auxílio creche, a manutenção de todos os direitos (cláusulas sociais) e o treinamento e contratação de 40 portadores de deficiência auditiva.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região é filiado à Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas) e, este ano, fez campanha salarial junto com os sindicatos de Campinas, Limeira e Santos.