Na Baixada Fluminense, funcionários da educação municipal dão início à luta contra a exploração e a opressãoEm Belford Roxo, na Baixada Fluminense (RJ), funcionários das escolas municipais vêm sendo vítimas de discriminação e de assédio moral. No marco da ofensiva neoliberal na educação, os funcionários vivem uma “semi-escravidão estatutária”.

Excluídos dos reajustes e do Plano de Carreira dos professores, merendeiras são obrigadas a fabricar pão e carregar pesadas panelas. Inspetores e pessoal de secretária têm jornadas estressantes devido à carência de trabalhadores, pois a prefeitura não realiza concurso público, optando por contratos temporários eleitoreiros.

Doentes por conta da superexploração, trabalhadores se licenciam e são obrigados a se aposentar com baixos salários, ao invés de serem readaptados. Em Belford Roxo é proibido adoecer, pois a prefeitura primeiro desconta o salário para depois permitir que o funcionário passe pelo “abonador”.

Mesmo com a repressão de direções de escolas indicadas e autoritárias, porém, os funcionários, após anos de submissão às precárias condições de trabalho deram início, com apoio do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) e da Conlutas, a mobilização.

Em dois atos na Praça Central da cidade, distribuíram panfletos e realizaram uma caminhada pelo calçadão. A manifestação deu visibilidade à exploração e ao tratamento indigno dado pela prefeitura e denunciou o desmonte da escola pública.