O Sindicato da Construção Civil de Belém vem preparando os operários para a greve, cobrindo os canteiros de obras com agitações colocando a necessidade da paralisação. A categoria reivindica 20% de reajuste, mas a patronal até agora não apresentou nenhuma proposta e se nega a sentar com o sindicato.
Os trabalhadores, no entanto, se mobilizam cada dia mais. No dia 27 de julho, os operários realizaram uma manifestação que, mesmo sob intensa chuva, reuniu cerca de 1.300 pessoas. A penúltima assembléia reuniu 1.500 trabalhadores e bloqueou uma das principais avenidas do centro da cidade. O candidato a prefeito pelo PSTU e presidente licenciado do sindicato, Atenágoras Lopes, enfatizou a greve como uma poderosa arma dos trabalhadores. Ele ainda denunciou o papel traidor da CUT, que isola as lutas e evita a qualquer custo atacar o governo Lula.
O PCdoB e a Articulação, que são minoria na diretoria do sindicato, tentaram reverter a situação de indignação, mas foi em vão. Os trabalhadores aprovaram uma grande greve a partir do dia 18 de agosto, caso a patronal não recue.

Post author Elton Corrêa, de Belém (PA)
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