Nós torcemos pelo Brasil na Copa e depois dela, por um país livre, independente e soberano.

O país do futebol torce por sua seleção. Sorri com o drible, sofre na espera do gol, discute a tática e o técnico. A Copa do Mundo invade o país, enche de verde e amarelo as ruas, os carros, as camisas. O lance inesperado, o detalhe do gol, a bola viram assuntos obrigatórios em cada canto do país. Na alegria e na tristeza, o futebol é o centro da atenção da maioria do povo brasileiro nesse mês de junho.

Nós torcemos pelo Brasil na Copa e, depois dela, por um Brasil livre, independente e soberano. Lutamos por um país que tem poucos orgulhos fora o futebol. Esse Brasil tem enormes riquezas, mas é desigual. O maior exportador de carne e de soja do mundo ainda vê crianças morrendo de fome.

Na economia real, os países não disputam do mesmo modo que as seleções na Copa. É como se fosse uma partida de 20 contra dois, e com o juiz comprado. As multinacionais norte-americanas e europeias controlam o mundo, e também o Brasil. Elas monopolizam a indústria de carros, de remédios e de alimentos e estão entrando fortemente no campo e no comércio. Hoje, grandes empresas estatais que foram privatizadas estão nas mãos de estrangeiros, como a Vale e a Embraer, e setores inteiros como a telefonia e energia. Que país soberano deixa a energia e comunicações em mãos de transnacionais?

Em 2009, as multinacionais enviaram 25 bilhões de dólares para sua matrizes, enquanto pagam salários aos trabalhadores que correspondem a 5% do que faturam.

O governo Lula pagou R$ 380 bilhões em 2009 aos bancos, em juros da dívida externa e interna. Isso corresponde a 36% de todo o Orçamento de nosso país. Ou seja, mais do que um terço de tudo o que é arrecadado aqui é entregue aos banqueiros, para pagar a dívida. Já os gastos com Saúde foram de apenas 4,64% e com a Educação míseros 2,88%. Isso significa que o governo Lula pagou aos banqueiros quase cinco vezes mais do que gastou com saúde e educação juntas.

As grandes empresas controlam o país através dos principais partidos. São elas que financiam as campanhas multimilionárias de Dilma Roussef e José Serra. Nas eleições passadas, dividiram suas “contribuições” entre o PT e o PSDB. Agora, estão fazendo a mesma coisa. Depois cobram a fatura, mantendo o domínio sobre o país. Marina Silva, que posa de “terceira via”, também apóia a manutenção da mesma política econômica a serviço das multinacionais. Por isso, nenhuma dessas candidaturas serve aos que defendem realmente a soberania do Brasil.

Não existe nenhuma condição de ter salários decentes, emprego para todos, saúde e educação gratuita e de qualidade, sem romper com as multinacionais. É preciso reestatizar as empresas privatizadas, deixar de pagar as dívidas externa e interna, e estatizar as multinacionais, sob controle dos trabalhadores.

Vamos torcer pelo Brasil e lutar pela soberania nacional!

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