O povo andava muito desconfiado da seleção, com resultados abaixo da tradição do futebol brasileiro. Mas, nesses tempos de Copa das Confederação no Brasil, e mais ainda depois da vitória contra a França , é inevitável que o futebol seja um assunto sempre presente nas conversas em todo o país.
O PSTU utilizou seu programa de TV para dizer aos trabalhadores e jovens que torce, sim, por um Brasil justo e soberano. Torcemos para que haja justiça social nesse país tão injusto.
Na verdade, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo vão gerar grandes lucros para alguns e grandes enganos para muitos. Além de mais injustiça social.
Os estádios de futebol, como as grandes obras de construção civil de Belo Monte, Comperj e Suape, foram feitos por dezenas de milhares de operários com salários miseráveis. As greves foram reprimidas com brutalidade.  
Não existe, nem de longe, o mesmo empenho do governo para construir estádios do que existe na saúde e educação públicas. Ao contrário, existe um caos nos hospitais e escolas públicas.
Nas cidades onde foram construídos os estádios, os governos estão fazendo contrarreformas urbanas para expulsar os moradores das comunidades mais pobres. Só no Rio de Janeiro, 123 comunidades foram removidas pelas obras. Para que o país apareça “bonito” para os turistas, a repressão vai ser forte nos dias dos jogos.
O governo gasta muito dinheiro público com as empreiteiras que constroem os estádios em obras superfaturadas, as mesmas que financiam a campanha eleitoral do PT, como a Odebrecht. Os gastos com os doze estádios superam R$ 10 bilhões. A Fifa fica com o dinheiro dos ingressos.  Grandes empresas vão lucrar muito com a transmissão, e com a propaganda de seus produtos.
Quando ficam prontos, os estádios são modernos, bonitos, e… caríssimos. Os preços para as entradas para a Copa são impossíveis de serem pagos pelo povo. Os trabalhadores brasileiros vão ver a Copa pela TV, da mesma maneira como poderiam vê-la na África ou Europa.
O verde e amarelo da camisa da seleção são as cores do país. Mas não expressam independência e soberania.
O Brasil está sendo privatizado e entregue às multinacionais, que já controlam mais de 60% da economia. Em 2012, o país teve o recorde de 206 empresas desnacionalizadas. A privatização do Maracanã, comprado por Eike Batista a preço de banana, é um dos maiores símbolos dessa Copa.
Nós torcemos e lutamos para que o Brasil se torne um país justo e soberano.
 

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