`AdesivoDepois de muitos impasses finalmente começou a tomar corpo a campanha pela libertação dos presos políticos no governo Lula.

Uma das razões fundamentais para isso é a situação no campo, realmente insustentável e temerária. Os números da Comissão Pastoral da Terra (CPT) são assustadores – já passam de 50 os mortos em conflitos agrários nos nove meses do governo, ultrapassando praticamente todas as marcas de mortes no campo. Nenhum mandante foi preso pelos crimes. Se seguir assim, o governo Lula passará para a história como o governo sob o qual o latifúndio assassino obteve mais impunidade.
Do lado dos trabalhadores, as coisas são bem diferentes. Já são, pelo menos, 24 presos políticos em todo o país – três em São Paulo, cinco no Paraná, dois em Mato Grosso, seis em Goiás e oito na Paraíba. Os números são surpreendentes, ainda mais para quem considera que este governo está em disputa.

Em São Paulo, há casos escandalosos. José Rainha está preso por porte ilegal de arma, enquanto os fazendeiros aparecem impunemente na televisão armados até os dentes. Diolinda e Mineirinho estão presos por formação de quadrilha, o mesmo crime pelo qual é acusado o advogado Roberto, irmão de Zé Rainha. Demonstrando claramente que, para a burguesia, o latifúndio e o poder judiciário, quem luta pela reforma agrária é bandido.

Enquanto isso, no Palácio do Planalto, Lula mantém seu silêncio cúmplice e conveniente.

De fato, não há alternativa para nossa classe senão ir à luta e colocar a campanha na rua. Na sexta-feira, dia 19, foi realizada uma caminhada, majoritariamente composta por mulheres, até o Fórum de Presidente Prudente, em solidariedade a Diolinda. No dia 25, outro ato aconteceu em São Paulo, próximo ao assentamento Pedro Casaldáliga, no quilômetro 27 da Rodovia Anhangüera. No dia 1º de outubro, será realizado um grande ato na Assembléia Legislativa. Estão sendo confeccionados 30 mil cartazes pela libertação dos presos políticos e, no dia 30 de setembro, uma comissão do comitê da campanha entregará um relatório sobre a violência no campo à relatora da ONU, Asma Jahangir.

Para dar continuidade à campanha, também estão sendo preparados atos no Largo de São Francisco, um julgamento alternativo no Pontal do Paranapanema, uma caravana a Brasília e visitas das entidades aos presos em Dracena, como Luiz Marinho, da CUT, e Paulinho, da Força Sindical, fizeram no dia 26.

Se a lei dos patrões coloca os lutadores sociais na cadeia, a mobilização popular irá libertá-los.

BAIXE AQUI O MODELO DO ADESIVO `LIBERDADE AOS PRESOS POLÍTICOS`

(o adesivo possui um espaço para a assinatura das entidades e sindicatos)

  • modelo em 4 cores (.jpg zipado – 287kb)
  • modelo em 2 cores (.jpg zipado – 194kb)

    Envie fax exigindo a imediata libertação dos dirigentes sem-terra e o fim da criminalização dos movimentos sociais:

    Ao Exmo Sr. Governador do Estado de São Paulo
    Dr. Geraldo Alckmin
    Tel-fax- 11-3745-3621

    Ao Exmo. Sr. Ministro da Justiça
    Dr. Marcio Tomas Bastos
    Tel-fax: 61-322-6817

    Ao Exmo Sr. Presidente da República
    Luís Inácio Lula da Silva
    Tel-fax: 61-411-2222
    Post author Américo Gomes,
    de São Paulo (SP)
    Publication Date