A reforma sindical preparada pelo governo, em conjunto com as centrais sindicais que compõem o FNT, tem como objetivo transferir o poder de decisão dos sindicatos de base às cúpulas das Centrais. A transferência de poder de negociação dos sindicatos para as centrais, além de jogar no lixo um dos princípios fundacionais da CUT, que é o de defender a soberania das assembléias de base, joga nas mão das Centrais poderes para negociar direitos trabalhistas como o FGTS e o 13º.

A reforma ainda fere o princípio da liberdade sindical. Com ela a criação de novos sindicatos terá que ser autorizada pelas centrais.

Diante disso é que vem crescendo a adesão e a convocação do Encontro Nacional Sindical, que acontecerá em Brasília nos próximos dias 13 e 14 de março.
Esse Encontro, não temos dúvidas, terá grande amplitude e representatividade e poderá construir, de fato, uma Campanha à altura de enfrentar, para derrotar, essa reforma neoliberal do governo Lula.

Para tanto, o desafio que estará colocado para as centenas de sindicatos, oposições sindicais e os mais de mil ativistas e lideranças que estarão em Brasília neste Encontro, será o de constituir as condições concretas que possibilitem alavancar e coordenar uma grande Campanha.

Isto implica em buscar unir a luta contra a “reforma” às lutas por emprego, salário e pela ruptura com a Alca e o FMI; em aprovar um calendário de campanha e de mobilização e garantir as condições de coordenação que possibilitem forjar essa luta.

Vamos à luta! Todos ao Encontro Sindical Nacional!
Post author José Maria de Almeida, presidente nacional do PSTU e membro da Executiva Nacional da CUT
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