Congresso Nacional dos Trabalhadores, convocado pela Conlutas, está chegando. Será realizado entre os dias 5 e 7 de maio, em Sumaré (SP). Nesse momento, delegações estão se preparando para a viagem em todos os Estados. É hora de rever os ônibus, que já devem estar, em sua maioria, alugados. É o momento de revisar as listas dos delegados eleitos, para garantir sua presença.

As polêmicas na base ajudaram a fortalecer a Conlutas. Há muito tempo não se elegiam milhares de delegados em assembléias de base para participar de um congresso de trabalhadores.

Os ativistas vêm de todo o País. São trabalhadores que romperam pela esquerda com a CUT e a Força Sindical, e estudantes que já não reconhecem a UNE como sua entidade. Os delegados mais novos nunca participaram de um congresso. Mas vários delegados estiveram no congresso de fundação da CUT, em 1983, quando a central não era ainda a casa dos pelegos de hoje.

Os sindicatos reunidos no Conat representam cerca de um milhão de trabalhadores em suas bases. São esperados cerca de 3 mil delegados, vindos de todo o País. Um acontecimento de peso, representativo de muitos outros milhares de trabalhadores presentes nas assembléias que os elegeram.
Todos têm um encontro marcado em Sumaré para presenciar um fato possivelmente histórico: a fundação de uma nova entidade, uma nova direção para as lutas dos trabalhadores, a Conlutas.

Um acontecimento relevante, se comparado a qualquer congresso ou encontro sindical. É provável que a CUT reúna mais sindicatos em seu congresso nacional, completamente burocratizado. Mas será uma reunião de apoio ao governo, financiada e controlada pelo Ministério do Trabalho.

A Assembléia Popular foi uma tentativa de construir uma alternativa a Conlutas, apoiada por setores do PSOL, tentando juntar dirigentes sindicais que ainda permanecem na CUT e outros que já tinham rompido. No seu início, reuniu 200 ativistas, mas no início de abril terminou melancolicamente com 80 pessoas.
O Conat pode concretizar um fato histórico: a construção de uma alternativa à CUT, com peso social e legitimidade política. Trata-se de uma necessidade para unificar as lutas.

O governo Lula, por exemplo, ao se sentir fortalecido com as últimas pesquisas eleitorais, tomou a iniciativa de propor o Super Simples, projeto de lei que retira direitos dos trabalhadores das pequenas empresas, como as férias, o 13°e os salários regulares mensais. Caso seja reeleito, vai querer impor esta reforma trabalhista a todos os trabalhadores. A CUT, como não podia ser diferente, apóia o governo em mais este ataque.

Como lutar contra essa nova tentativa de impor uma reforma trabalhista? Só com a construção de uma nova entidade nacional, uma coordenadora de lutas, a Conlutas. Como será possível coordenar novamente as lutas salariais, sempre traídas pela CUT? A Conlutas já começa a cumprir um papel na unificação das lutas salariais, em mobilizações do funcionalismo em algumas capitais.
Isso é só o começo.
A hora é agora!
Todos ao Conat!

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