No último dia 11 de abril, professores da rede municipal de Fortaleza fizeram uma assembleia geral e decidiram deflagrar greve. O movimento paredista teve início nesta quarta-feira, 18.

O prefeito Roberto Cláudio (PDT) vem atacando uma série de direitos históricos da categoria, além de desrespeitar a lei do piso salarial. Em 2017, os professores tiveram reajuste zero e agora a Prefeitura apresenta míseros 2,95%.

A Prefeitura nega direitos como licença-prêmio, redução de carga horária, pagamento de pecúnias e anuênios. E o valor referente ao vale-refeição é simplesmente ridículo.

Uma versão da maldita reforma trabalhista de Temer é aplicada aos professores substitutos. Praticamente não há direitos para os substitutos e o regime de trabalho é massacrante. Sem falar no assédio moral e constrangimentos que esse importante setor da categoria sofre cotidianamente.

Escolas abandonadas e violência crescente
Muitas escolas sofrem com problemas na estrutura física. Quando chove têm as goteiras, quando não chove o calor é insuportável.

A merenda escolar é de péssima qualidade, com pouca variedade e nutrientes. Os laboratórios de informática foram fechados. Várias escolas não têm quadras para atividade esportiva.

Os salários dos funcionários terceirizados atrasam com frequência. Muitos porteiros foram demitidos, a insegurança é alarmante. Os casos de violência crescem a cada dia.

Os ônibus escolares muitas vezes são suspensos por falta de pagamento aos motoristas e vivem superlotados, colocando estudantes em risco. O descaso da Prefeitura para com a educação dos filhos dos trabalhadores é completo.

Dessa forma, a greve é o último recurso dos trabalhadores em educação que já estão fartos de tantos ataques. O caos no serviço é de inteira responsabilidade do prefeito Roberto Cláudio (PDT).

Por um SINDIUTE a serviço da luta dos trabalhadores em educação!
O SINDIUTE é dirigido majoritariamente pela Articulação Sindical (ligada ao PT e a CUT). Tal corrente é parte da base de apoio do governo Roberto Cláudio e tem relações muito próximas com a oligarquia dos Ferreira Gomes.

Professora Maria do Carmo

Para a professora Maria do Carmo, que representa a minoria CSP-Conlutas na direção do Sindiute, a CUT precisa romper suas relações com a Prefeitura. Precisamos de um sindicato autônomo, independente dos governos e verdadeiramente de luta.