O PSTU vem a público expressar seu apoio e solidariedade às mobilizações dos policiais militares e bombeiros da Bahia. No dia 31 de janeiro (Terça feira), cansados da intransigência do governo Wagner, os policiais militares e bombeiros, entraram em estado de greve. A assembléia foi organizada pela ASPRA (Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares do Estado) e ocorreu no ginásio do sindicato dos bancários. Depois de terminada a assembléia, os policiais ocuparam o prédio da Assembléia Legislativa da Bahia e esperam uma reunião com o governador.

Os policiais exigem do governador do PT, a reintegração dos demitidos políticos que foram expulsos da PM depois da histórica greve de 2001, a incorporação de gratificações, o pagamento de um adicional de periculosidade, reajuste linear de 17,28% retroativo a abril de 2007 e a revisão no valor do auxílio alimentação.

Com o objetivo de desprestigiar o movimento, o aliado do governador e presidente da Assembléia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo afirmou que, “Os militares não podem fazer greve. Militares são os que dão segurança pública à sociedade. É precipitada, com minoria absoluta, apenas um grupo de várias associações. A informação que eu tenho é que é menos de 2% dos militares”. Mas essa não é a verdade, a luta dos policiais vem ganhando a adesão e o apoio de outras associações e policiais. Hoje (01-02-2012), os manifestantes voltaram a organizar uma mobilização, bloqueando a via de acesso ao Centro Administrativo da Bahia, em Salvador.

Governador Wagner, atenda as reivindicações dos policiais, já!
A última grande greve dos policiais baianos aconteceu no ano 2001 e se enfrentou ao governo de César Borges. A greve de 2001 foi duramente reprimida pelo governo do estado com o apoio do governo federal. Nessa luta vários policiais foram perseguidos e demitidos. Para que essa história não se repita é necessário que a mobilização se fortaleça em todo o estado. As entidades sindicais como a CUT, a CTB devem se solidarizar com os policiais e exigir do governo Wagner que nenhum manifestante seja punido.

Há anos policiais e bombeiros vêm tentando, sem sucesso, negociar com o governador do Estado, mas infelizmente o governo do PT não é muito diferente da turma do antigo PFL, atual DEM. Wagner, assim como os antigos governadores carlistas, governa para os interesses das grandes multinacionais instaladas na Bahia, para o agronegocio e as grandes construtoras e não para os trabalhadores.

Os Policiais Militares da Bahia devem seguir os exemplos das mobilizações que foram protagonizadas por seus colegas do Rio de Janeiro, Maranhão, Rondônia e Ceará, no ano 2011. Só a mobilização poderá dobrar a arrogância de Jaques Wagner. A luta dos outros servidores do estado contra as alterações no Planserv demonstrou que não se pode confiar nesse governo e a categoria deve estar atenta a perseguições e punições.

Nesse momento toda solidariedade para divulgar o processo de mobilização dos militares é importante. O PSTU faz um chamado a todos os ativistas sindicais, estudantis e do movimento popular, assim como toda esquerda socialista a solidarizar-se com as manifestações dos policiais. Só a mobilização e a solidariedade da classe trabalhadora poderá garantir a vitoria dos policiais e bombeiros.

  • Todo apoio e solidariedade a mobilização dos policiais
  • Pelo imediato atendimento de suas reivindicações
  • Pelo direito à greve e sindicalização dos policiais militares e bombeiros
  • Pela anistia aos demitidos políticos na greve de 2001

    Direção Estadual do PSTU, 01 de fevereiro de 2012