Caem várias máscaras no Paraná e a Conlutas amplia sua influência entre os educadoresDiante da intransigência do governo dos irmãos Requião, com suas retaliações, e dos vacilos da direção sindical (Democracia Socialista, do PT), os educadores foram levados a desocupar a Secretaria de Educação do Paraná, na tarde do dia 12 de dezembro, sem evitar as demissões de 14 mil professores e funcionários contratados.

O governador Roberto Requião e seu irmão, o secretário da “deseducação” Mauricio Requião, não abriram diálogo com os educadores. Também desenvolveram métodos de ação retaliativa típicos do período de ditadura militar: utilização de policiais infiltrados; orientação da ‘burrocracia´ para arrumar confusão e criar caso para realizar montagens para serem exibidas pela ‘TV-Requião´; corte da luz e da água dos ocupantes etc. Durante a ocupação, a direção sindical centralizou e monopolizou ‘burrocraticamente´ as decisões, o que ocasionou vários erros, dentre eles a continuidade normal dos serviços do gabinete. A oposição de direita usou o discurso de que a direção sindical sempre soube dos planos do governo para desmobilizar uma parte da categoria, é verdade, mas naquele momento a defesa dos 14 mil educadores era a ação que deveria ser prioritária para os lutadores, garantir a ocupação e a não demissão.

Entretanto, houve em setores da vanguarda deste movimento avanço na consciência de se construir uma terceira força de esquerda que seja capaz de dirigir as lutas sem canalizar os esforços à via eleitoral, isto ocorreu após a queda das máscaras do governo estadual, da Democracia Socialista e da oposição sindical de direita (Articulação e PMDB).