Numa assembléia com mais de seis mil trabalhadores, os terceirizados da refinaria de Paulínia (SP) decidiram fazer greve de um dia, nesta quinta, dia 5, em solidariedade aos grevistasOs petroleiros estão parados em Campinas desde a noite do domingo, quando foi feito o corte de rendição pelo sindicato. A greve está muito forte e nem mesmo os caminhões com suprimentos estão podendo entrar na refinaria. Existem piquetes nas 12 portarias, feitos pelo sindicato e também pelos próprios trabalhadores, assim como a presença permanente de companheiros de outras bases petroleiras, inclusive da Frente Nacional dos Petroleiros e da Conlutas.

A Petrobras está intransigente e não quer negociar. Por isso, várias bases estão votando atrasos na entrada, em solidariedade, e existe a possibilidade de a greve se estender, caso a empresa continue a não atender a reivindicação dos trabalhadores.

Hora-extra
A Petrobras é uma das empresas mais lucrativas do país e quer cortar um direito fundamental, que é o pagamento das horas extras aos trabalhadores dos turnos. A Replan é a única refinaria aonde este direito ainda é mantido, com muita luta. Os trabalhadores das outras bases da Petrobras devem se mobilizar para que este direito volte a valer para todos os petroleiros do Brasil.

Os ativistas da Conlutas estão defendendo que o sindicato dos petroleiros de Campinas, que é filiado a CUT, participe do dia nacional de mobilização no 1º de abril. Este será um dia de protestos e paralisações, contra as demissões e pela estabilidade no emprego. A luta pela reestatização da Embraer também fará parte dos protestos.