Após duas semanas, terminou com vitórias as greves de petroleiros terceirizados em Carmópolis, no Sergipe. Os trabalhadores da Norserge e da Rondave, conseguiram um Acordo Coletivo de Trabalho provisório com essas empresas, que prestam serviços à Petrobras.

Os trabalhadores da Norserge terão reajuste de 12%, retroativo a maio, garantia do pagamento do salário até o quinto dia útil de cada mês, garantia de férias, pagamento de horas extras (50% dias normais e 100% domingos e feriados), bem como negociação da PLR com a direção do Sindipetro AL/SE ainda este mês. Ainda segundo o acordo provisório, o plano de saúde e o pagamento das cestas básicas no valor de R$ 160 estão condicionadas ao resultado da Comissão de Terceirização da Petrobras.

Na Rondave, os trabalhadores também encerraram a greve. Com exceção do pagamento até o segundo dia últil de cada mês, pagamento da PLR do exercício de 2006 em fevereiro de 2007, os companheiros tiveram as mesmas conquistas dos trabalhadores da Norserge.

A greve em Sergipe foi uma demonstração da força e da capacidade de organização dos trabalhadores terceirizados. Esses já são 200 mil em todo o país, contra apenas 42 mil contratados diretamente pela Petrobras. Para garantir a lucratividade da Petrobras e de seus acionistas, estes trabalhadores recebem um piso salarial miserável, de R$ 375. É o menor piso do país, entre as diversas unidades de negócio da empresa.

MONTEC em greve
Desde a terça-feira, dia 6, os trabalhadores da Montec decidiram suspender as atividades. Eles reivindicam melhores condições de salário e de trabalho.