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Redação

Temer acabou de ser denunciado pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, por organização criminosa, como chefe do “quadrilhão” do PMDB; e obstrução de justiça, por ter instigado o dono da JBS, Joesley Batista, a pagar a irmã do doleiro Lúcio Funaro, ex-assessor de Eduardo Cunha, para demovê-lo de firmar acordo de delação premiada.

Segundo a denúncia de Janot oficializada no final da tarde desse dia 14, os denunciados do quadrilhão receberam pelo menos R$ 587 milhões em propina. Parte desse dinheiro vimos na mala de Rocha Loures, e recentemente nas malas de Geddel.

Fazem parte do quadrilhão, segundo a denúncia: Michel Temer, Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Moreira Franco e Eliseu Padilha. Michel Temer e Eduardo Cunha dirigiam juntos essa quadrilha.

A denúncia deve ir agora para a Câmara e, só se os deputados a aceitarem, Temer vira réu e é obrigado a se licenciar por 180 dias da Presidência, para que seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Lembremos que para derrubar a denúncia ele precisa de apenas 172 votos no Congresso. Ele conseguiu barrar a primeira, torrando dinheiro na compra dos deputados. A avaliação geral da mídia é que ele impede de novo que a denúncia vingue na Câmara, apesar de ter menos de 5% de popularidade.

A denúncia, porém, e a sua tramitação, é mais um forte elemento na crise política.

Esse governo, que não economiza para comprar deputados para salvar seu pescoço e dos integrantes do seu governo, e para manter o apoio do “mercado” (banqueiros e grandes empresas), aprofunda o ajuste fiscal, retira direitos e promete voltar com a história da reforma da Previdência.

Não vamos aceitar que esse “quadrilhão” continue roubando nossos direitos! Esses bandidos deveriam estar todos na cadeia e ter seus bens confiscados. Que Temer faça companhia ao seu amigo Joesley na cadeia! As empresas envolvidas em corrupção, como a Odebrecht e a JBS, deveriam ser expropriadas e colocadas sob controle dos trabalhadores.

As mobilizações de metalúrgicos e demais setores como os petroleiros que se iniciaram nesse dia 14 para impedir a reforma trabalhista precisam seguir e se generalizar, no caminho de alavancar uma nova Greve Geral, para botar pra fora Temer, suas reformas e todos eles!

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