No dia 28 de maio, os servidores técnico-administrativos das universidades federais iniciaram uma greve nacional. Desde o primeiro dia, paralisaram as atividades 32 das 47 instituições federais de ensino superior do país. Este é um marco histórico, já que nunca houve uma greve com este índice de adesão já em seu primeiro dia no setor.

A greve dos servidores é contra o PLP 01, que é parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e impõe mais 10 anos de arrocho salarial aos servidores federais. Outra reivindicação dos grevistas é a defesa dos hospitais universitários e seu caráter público, tendo em vista que o governo ameaça abrir a estrutura destes, permitindo parcerias com o setor privado. Outra das principais reivindicações é de melhorias no Plano de Cargos e Salários do setor.

Foi marcada uma reunião entre o governo e o Comando Nacional de Greve para o dia 6 de junho, em que devem ser negociadas as reivindicações.

O Comando Nacional de Greve foi instalado no dia 1º de junho. O “Vamos à Luta!”, movimento de oposição à direção majoritária da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras), que reúne servidores da Conlutas e da Intersindical, deve propor ao Comando que a categoria incorpore também o calendário aprovado na última Plenária Nacional dos Servidores Federais, chamada pela CNESF (Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Federais). Isso se faz necessário, pois a Fasubra boicotou a Plenária, não convocou a atividade, jogando contra a unidade da categoria.

O calendário de lutas contra os ataques do governo aos direitos dos trabalhadores aprovado na Plenária prevê uma jornada nacional de mobilizações, de 11 a 15 de junho, caravanas a Brasília dos setores em greve, no dia 12 de junho, e participação no ato do MST, no dia 14 de junho. A plenária também aprovou que o funcionalismo de conjunto está em estado de greve, como parte da construção da greve unificada.