Matheus Gomes, o "Gordo", dirigente do Bloco de Lutas em Porto Alegre

Dirigentes do Bloco de Lutas de Porto Alegre têm suas casas invadidas pela polícia, que apreendem livros e computadores

Nesta terça, 1º de outubro, a polícia do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, do PT, lançou uma operação que lembra muito as operações de repressão à militância política e dos movimentos sociais que aconteciam no tempo da ditadura militar.

A polícia invadiu a casa de vários militantes e dirigentes do Bloco de Lutas de Porto Alegre, revistando tudo, fotografando e recolhendo documentos e textos e levando consigo computadores. Acabo de receber a informação de que a casa do companheiro Matheus Gomes (conhecido como Gordo), militante do PSTU e dirigente do Bloco de Lutas, foi invadida e que policiais levaram documentos e seu notebook.

Pelos informes que temos também foi invadida a casa de um militante do PSOL e de um militante anarquista. Também foram indiciados três ativistas professores, da base do CPERS (Centro dos Professores do Estado Rio Grande do Sul), por esta mesma polícia e pelo mesmo motivo: as lutas dos jovens e trabalhadores em defesa de seus direitos em Porto Alegre.

Ora, o governo do Estado sabe muito bem que o Bloco de Lutas é um movimento social e que seus dirigentes são militantes políticos e sociais. O Bloco de Lutas foi, sem dúvida, um dos pontos de apoio mais importantes para as lutas da juventude e da população de Porto Alegre, que levaram à redução do preço da tarifa dos ônibus naquela cidade. 

A repressão desencadeada contra esse movimento, e a forma como está sendo levada adiante, é um ataque contra o Bloco de Lutas, mas também uma tentativa de intimidar os trabalhadores e a juventude, uma tentativa de desencorajá-los da defesa de seus direitos e interesses. Tal qual acontecia na ditadura militar.

Esse tipo de repressão a uma atividade como essa não cabe em uma democracia, por mais mequetrefe que sejam as democracias no interior do capitalismo. O governador Tarso Genro deve uma resposta imediata à sociedade gaúcha e brasileira: ele segue defendendo a sua biografia onde se apresenta como um democrata? Se sim, precisa revogar imediatamente estas ações de seus comandados. Caso contrário, obriga a todos os democratas deste país a tratá-lo como um ditador.

Com a palavra, o governador.

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