supremo julga recursos no dia 10 de agosto. Trabalhadores aguardam decisão finalNa segunda, dia 10, às 13h30, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, irá julgar a demissão em massa na Embraer, ocorrida em fevereiro. Estarão em discussão dois recursos. Um, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, pela reintegração dos 4.273 trabalhadores. E o da Embraer, questionando decisão do TRT de Campinas, que definiu a data de suspensão dos contratos como 13 de março e não 19 de fevereiro, aumentando, assim, as indenizações.

O Sindicato dos Metalúrgicos e a Conlutas preparam uma grande caravana com os demitidos para acompanhar o julgamento. A entidade realiza ainda uma assembleia na porta da Embraer, no dia 5. Iniciativas têm sido tomadas pelo Comitê pela Reestatização. Enquanto fechávamos esta edição, um grupo viajava a Brasília para uma audiência, no dia 4, no Senado.

Pela reestatização
A demissão em massa causou uma comoção, mas o papel do governo foi vergonhoso. Como a CUT, Lula soube das demissões antes de elas ocorrerem, mas não fez nada. O governo sequer tentou vetar as demissões, como acionista. Diante de uma comissão de demitidos, Lula contentou-se em dizer que “iria torcer pelos trabalhadores”. Como se torcida ganhasse jogo…

O presidente tem relações amistosas com a Embraer. Sua candidatura recebeu R$ 1,3 milhão em doações da empresa. O governo não só esteve contra os trabalhadores, como continua a sustentar a Embraer. O BNDES chegou ao cúmulo de, após as demissões, liberar R$ 700 milhões.

Em Brasília, no julgamento, os trabalhadores exigirão do governo a reestatização da empresa, sob controle dos trabalhadores, e uma lei que garanta a estabilidade.

Também vão propor a redução da jornada, sem redução de salários, já que a Embraer é a única do ramo no mundo com uma escandalosa jornada de 43 horas.

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