Fotos Romerito Pontes e Diego Cruz

Ato independente dos governos e empresários reúne 2 mil contra o PL das terceirizações e as MP’s do governo

Na capital paulista, o tradicional 1º de maio de luta e combativo reuniu por volta de 2 mil pessoas na Praça da Sé. Marcaram presença as centrais CSP-Conlutas e Intersindical (CCT), a Pastoral Operária, ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre), sindicatos e movimentos populares como o MTST, Luta Popular e Terra Livre, além de partidos e correntes de esquerda como o PSTU, PSOL, PCB, MRT e POR.

Lado a lado, ativistas de diferentes setores e organizações defenderam a retomada do classismo e reafirmaram que a data é um dia de luta da classe trabalhadora. “Esse aqui não pode ser marcado por um dia de festa, mas de luta“, afirmou Josué Rocha, do MTST, que defendeu também “avançar no processo de unidade da esquerda“. “Precisamos unir a luta do movimento popular e sindical“, disse Avanílson Araújo, do Luta Popular. “A luta da classe se dá nas fábricas, mas também nos territórios, e nós já conhecemos muito bem a realidade das terceirizações“, afirmou, referindo-se ao PL 4330, defendendo também “uma Greve Geral e uma onda de ocupações por todo o país”.

Construir uma Greve Geral
A manifestação teve como centro a luta contra o PL 4330, das terceirizações, que tramita agora no Senado, as Medidas Provisórias de Dilma que atacam direitos trabalhistas e previdenciários, assim como o chamado a uma Greve Geral para pôr abaixo esses e demais ataques à classe trabalhadora. “É tarefa das centrais sindicais convocar uma Greve Geral para impedir a retirada de direitos“, afirmou Paula Pascarelli, da Direção Executiva estadual da CSP-Conlutas.

Após concentração no marco zero da cidade, o ato percorreu em marcha o centro de São Paulo até a Praça da República, onde os professores em greve do estado mantém um acampamento em frente à Secretaria da Educação. “Prestamos aqui nossa solidariedade aos professores em greve e em especial aos professores do Paraná que foram brutalmente reprimidos“, afirmou João Zafalão pelo PSTU. “Nossa luta é para derrotar os ataques do Governo Federal, do governo estadual e desse Congresso corrupto“, afirmou ainda, criticando a postura de setores como a CUT, que impediu a organização de um ato unificado de 1º de Maio ao censurar qualquer tipo de crítica ao governo Dilma (leia mais aqui).

Para derrotar esses ataques temos que organizar uma grande Greve Geral, só os trabalhadores mobilizados podem construir na luta uma alternativa ao governo e à direita“, disse ainda.

Didi presente!
Ao final de sua fala, Zafalão lembrou de uma ausência muito importante naquele ato. Era o primeiro ato do Dia do Trabalhador realizado após a morte de Dirceu Travesso, o Didi. “Companheiro Didi, presente!”, homenageou. 

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