A fusão da Conlutas, Intersindical e demais entidades da Coordenação Pró-Central implicará num passo adiante muito importante no processo de reorganização dos movimentos sindical e popular em curso no Brasil.
Este avanço ainda não se expressa no número de trabalhadores que organizará, pois seguiremos sendo uma organização minoritária. Mas a unificação se materializa politicamente pela junção de vários setores em torno à construção de um projeto comum.

O congresso de junho será, essencialmente, a unificação de várias organizações já existentes e que trazem consigo o patrimônio político e organizativo que construíram no período anterior.

Historicamente, em processos de unificação como este, as organizações envolvidas buscam construir o equilíbrio para expressar o novo que surge, mas sem jogar fora o patrimônio organizativo e, principalmente, político, construído anteriormente por cada uma delas.

Isso se manifestou inclusive nos nomes de algumas destas organizações como a AFL-CIO dos EUA ou o PIT-CNT do Uruguai*.

Acreditamos que o nosso caso, aqui no Brasil, guarda semelhança com esses processos.
Nossa proposta é que a nova organização tenha como nome Conlutas-Intersindical, as duas organizações que deixarão efetivamente de existir.

Não se trata de nenhuma desconsideração com os demais setores envolvidos (MTL, MTST, Pastoral Operária-SP, MAS, entre outros), mas do reconhecimento de que esses setores manterão a sua existência e seu pleno funcionamento político e organizativo após o congresso.

*AFL – Federação Americana do Trabalho (EUA); CIO – Congresso de Organizações Industriais (EUA); PIT – Plenária Intersindical dos Trabalhadores (Uruguai); CNT – Confederação Nacional do Trabalho (Uruguai).

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