Palestina
Prisão e violência

Abla Sa`adat, esposa de Ahmad Sa`adat, dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina, foi presa pelo Serviço Secreto Israelense quando tentava sair da Palestina para participar do III Fórum Social Mundial no Brasil. Abla não foi acusada de nenhum crime e nem pode se defender. Apesar de sua libertação, mais 60 mulheres seguem nas prisões israelenses em condições subumanas.

Afeganistão
A opressão continua

Apesar das leis que proibiam as mulheres no Afeganistão de trabalharem fora de casa e freqüentarem escolas terem sido relaxadas, grupos de direitos humanos denunciam que as mulheres continuam sofrendo em todo o país e em especial nas províncias, não podendo sair de casa e nem tirar documentos.

Índia
Mulheres queimadas

Na Índia ainda hoje, muitas noivas são assassinadas porque as famílias dos noivos consideram seus dotes insuficientes. Entre 1990 e 1993, pelo menos 20 mil mulheres foram mortas. De um modo geral, as vítimas morrem queimadas com querosene.
A família do noivo apresenta a desculpa uniforme de “acidente doméstico“.

México
Calamidade nas maquiladoras

A situação das mulheres trabalhadoras só piorou depois da entrada do NAFTA, o acordo econômico firmado entre EUA, México e Canadá. Elas chegam a trabalhar até 12 horas nas chamadas Maquiladoras sem pagamento das horas extras. O uso inadequado de produtos químicos, muitos deles proibidos nos EUA e no Canadá, é uma das causas principais de problemas de saúde. Segundo Carmen Valadez, da ONG Factor X, “os direitos da mulher são violados desde o momento em que ela vai procurar emprego“. A maioria das fábricas exige certificado médico de que ela não está grávida. “Para não pagar a licença maternidade, algumas empresas distribuem uma pílula que proporciona menstruações mensais. Muitas fábricas exigem provas a cada três meses de que as trabalhadoras não estão grávidas“, acrescenta Carmen. Beth Robles, da Rede de Trabalhadoras Mexicanas das Maquilas, confirma esta aberração: “As mulheres são forçadas a mostrar seu absorvente higiênico sujo para provar que não estão grávidas“.

Inglaterra
Violência doméstica

Cerca de 100 mil mulheres procuram, anualmente, tratamento médico por ferimentos graves provocados pelo marido ou namorado.

Brasil

Mulher e trabalho

Em 11 anos (até 2001), 12 milhões de mulheres entraram no mercado de trabalho. No início dos anos 90, as mulheres ocupadas ou desempregadas representavam 35,5% da População Economicamente Ativa (PEA). Em 2001, o percentual passou para 41,9%.

Salários menores

A diferença entre os rendimentos das mulheres e dos homens tem diminuído. Em 2002, o rendimento feminino equivalia a cerca de 66% do dos homens. Apesar disso, este não é um fato a ser comemorado. Para Patrícia Lino, do Dieese, não é a mulher que está ganhando mais, os homens é que estão recebendo menos.

Mais estudo, maior desemprego

Na região metropolitana de São Paulo o desemprego entre as mulheres foi de 22,2% em 2002. Para os homens foi de 16,4%, apesar da escolaridade feminina ser maior. O percentual de mulheres com curso superior chegou a 16,9% da PEA em 2001, contra 14,4% dos homens. Para Solange Sanches, coordenadora do DIEESE, “as mulheres têm menos oportunidade, apesar do esforço em estudar e entrar no mercado“.

Sedução e estupro em Roraima

Em Roraima as índias ianomâmis, a maioria menor de idade, estão sendo estupradas ou seduzidas por soldados do Exército que, em troca, oferecem latas de sardinha, biscoitos e linha de crochê (Dados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal).
Post author
Publication Date