Moção de Apoio pela construção de uma Frente de Esquerda, Classista e Socialista nas Eleições Presidenciais de 2006

A diretoria do Sindipetro AL/SE considera que frente à tentativa da burguesia brasileira e do próprio governo Lula e das entidades governistas (CUT, FUP, etc.) de passar a imagem para os trabalhadores de que a polarização eleitoral entre PSDB/PFL com Alckmin e PT/PCdoB com Lula é a única alternativa para os trabalhadores, esta diretoria toma a seguinte posição:

Ao nosso ver, os trabalhadores não podem ficar a mercê do PSDB privatista, entreguista e neoliberal; e do PT que segue entregando as reservas de petróleo, garantindo os pagamentos da dívida externa e interna ao capital internacional mantendo a dependência do país ao FMI e que segue tentando aplicar reformas neoliberais que retiram direitos dos trabalhadores, como a Sindical e Trabalhsita, e a já executada reforma da previdência; que segue o ataque aos trabalhadores petroleiros quando busca retirar o Plano Petros BD.

Que é preciso unir a esquerda socialista no país em uma Frente para as lutas e também para as eleições. Um frente classista, com programa anti-capitalista e anti-imperialista; sem nenhum setor da burguesia tipo PDT; uma frente entre PSTU, PSOL, PCB, Consulta Popular e ativistas independentes. Uma frente que possa ser uma alternativa para os trabalhadores e juventude a essa falsa polarização entre Lula e Alckmin.

Enquanto os sindicatos governistas da CUT e da FUP estiverem fazendo terrorismo com os trabalhadores de que devem eleger Lula porque senão a direita vai voltar; nós, sindicato não-governista, classista e comprometido com a defesa dos interesses dos trabalhadores diremos: Lula e o PSDB não tem diferença de qualidade; ambos são elogiados por Bush; ambos atacam direitos dos trabalhadores e que por isso, a terceira alternativa de uma frente classista que unifique a esquerda é decisiva. Que incorpore também à luta pela anulação da reforma da previdência feita por Luca com dinheiro do mensalão e a luta pela valorização do salário mínimo e não pagamento da dívida externa.

Por isso, aprovamos em nossa diretoria essa moção de chamado à Frente classista. Vamos levar esse debate para a nossa categoria através de nosso Boletim Ouro Negro, debates e abaixo-assinados.