Na madrugada de domingo, 27 de abril, motorista e cobradores de ônibus do Amapá foram surpreendidos por um ataque ao prédio de seu sindicato. O objetivo dos covardes era incendiar o local alvejado com uma garrafa de gasolina (coquetel molotov). Felizmente, no exato momento do ato criminoso passava um transporte coletivo que recolhia trabalhadores rodoviários para levar as garagens de ônibus. Estes, vendo o principio de incêndio, correram ao local e usando extintor impediram que o fogo se alastrasse.

Motivos do ataque
Nos últimos anos os rodoviários vem sofrendo um brutal ataque da patronal com a imposição de péssimas condições de trabalha e demissões sumárias de cipeiros e sindicalistas. Para se ter uma idéia até os pagamentos mensais são efetuados com cinco e até 10 dias depois da data do pagamento jogando qualquer lei trabalhista dentro do lixo.

O sindicato, filiado a Conlutas, vem reagindo a altura, parando as empresas quase que mensalmente e fazendo um trabalho de base minucioso nos terminais de ônibus e garagens no intuito de vencer os patrões.

Na semana do atentado a situação agravou-se ainda mais devido ao segundo mês consecutivo do atraso de pagamento. A empresa Cidade de Macapá e Garra, vanguarda nessa atrocidade foi paralisada por 48 horas. Nela juntou, além do problema citado, a irregularidade na transferência de suas linhas (itinerários) à outra empresa, Sião Tur, fato que está motivando demissão em massa dos trabalhadores.

Ao denunciar publicamente todos esses “esquemões”, além da calamidade do transporte público na cidade, o sindicato passou a ser o centro da ira dos empresários.

Post author Ana Augusta Cardoso, de Macapá (AP)
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