A necessidade de fortalecer e unificar cada vez mais a luta dos trabalhadores foi o principal tema do debate realizado neste sábado, dia 25, pela Rede de Solidariedade Internacional.

A oficina de debates sobre “Globalização da produção e a farsa de flexibilização“ contou com a participação de representantes de nove países, além de sindicalistas de diversos estados brasileiros.

Participaram da mesa de debates o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Luiz Carlos Prates; trabalhador da Confecciones Brukman e da cooperativa Impa (fábricas acampadas por trabalhadores argentinos, Juan Carlos Righin e Oracio Campos, respectivamente; trabalhador da Kilsp da Coréia do Sul, Youngsu Won; membro do sindicato de oposição dos trabalhadores da Fiat da Itáli, Carlo Pagliani; sindicalista e professora da Universidade Atilim da Turquia, Fatma Ulku Selgu; Trabalhador da Zanon na Venezuela, Lopez Alejandro e o membro da Rede de Solidariedade Mexicana, Federico Martinez. Estavam também presentes trabalhadores da Alemanha e Equador.

Luiz Carlos Prates acha que é impossível superar os ataques do sistema capilista de forma isolada. “Os trabalhadores têm que ter uma perspectiva não de harmonia, mas de ruptura com esse sistema“,afirmou.

Em greve por melhores condições de trabalho e direitos na Fiat da Itália, Carlo Pagliani disse que com a globalização a situação dos trabalhadores está cada vez pior. “O Sindicato oficial aceita fechar acordos que prejudicam os trabalhadores, mas nós acreditamos que é preciso criar um sindicato forte para lutar contra a empresa, mas precisamos também da solidariedade dos trabalhadores de todos os países onde houver a Fiat. Pois essa não é uma luta só dos trabalhadores italianos“, ressaltou.

Uma das propostas aprovadas na oficina é a realização de uma ampla campanha
de solidariedade aos trabalhadores da Fiat. Foi aprovado também solidariedade ao povo e trabalhadores venezuelanos, cujo país enfrenta uma de suas piores crises políticas.