Construção de mais 3.500 casas viola acordo de paz com ANPOs últimos acontecimentos na Palestina têm mostrado na prática a mentira que representa o acordo de paz selado recentemente entre Ariel Sharon e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Abu Mazen. Na segunda-feira 21, colonos israelenses desocuparam Tulkarem, a segunda cidade palestina a participar da retirada. A desocupação foi parcial, pois Israel alega que existem focos de terrorismo na região. Esta medida foi acompanhada por uma antiga e típica política de Ariel Sharon: no mesmo dia, o governo israelense anunciou a ampliação do assentamento de Maaleh Adumin, na Cisjordânia, onde serão construídas mais 3.500 casas.

O acordo assinado em fevereiro, retomando o Mapa da Paz, exigia que a Autoridade Nacional Palestina se comprometesse a eliminar a Intifada Palestina, enquanto Sharon retiraria colonos israelenses de alguns territórios ocupados e libertaria presos palestinos. Na realidade, trata-se de uma traição do dirigente da ANP, cujos soldados têm recebido treinamento militar dos EUA, enquanto Israel prossegue com a ocupação e a construção do muro da vergonha.