Combate à Perda de Direitos na Reforma da Previdência e não pagamento da dívida ganham centralidade na Plenária Nacional do Funcionalismo Público

Os Servidores Públicos Federais, reunidos em Brasília em sua Plenária Nacional, no último dia 18, aprovaram os eixos da campanha salarial.
Além das reivindicações da categoria, também entraram na pauta a exigência ao governo Lula de que o Brasil não participe da Alca; a defesa de uma previdência social pública, solidária e com regime de repartição; a incorporação das gratificações ao salário; a manutenção dos direitos trabalhistas e a busca da recuperação dos 56 direitos que foram retirados dos servidores durante o governo FHC; o cumprimento dos acordos conquistados na greve de 2001; e a defesa de uma reforma tributária que desonere os trabalhadores e faça os ricos pagarem pela crise.
Um dos pontos mais significativos do debate foi a inclusão da auditoria da dívida externa nos eixos da campanha, com imediata suspensão do pagamento, pois não é possível seguir sob a lógica definida pelo FMI e banqueiros internacionais, de que os trabalhadores devem sofrer mais ataques para gerar superávits que garantam suas absurdas taxas de lucro. Não há como assegurar os direitos trabalhistas, previdenciários, e um salário digno, se a quase totalidade do Orçamento segue para as contas do imperialismo.
A plenária confirmou a disposição de luta dos servidores para retomar a mobilização. Entre as resoluções aprovadas, inclui-se a aprovação de imediata paralisação da categoria se o governo colocar novamente em tramitação o PLP 9/99.
Foram também aprovados um posicionamento contra a guerra imperialista no Iraque, a solidariedade ao povo iraquiano, e a incorporação dos servidores públicos em todas as atividades contra a guerra, bem como a inclusão deste tema em suas atividades.

Post author Rogério Marzola,
de Brasília
Publication Date