No pacote de ataques promovidos pelo governo Dilma neste início de mandato, os serviços públicos e o funcionalismo são o alvo preferencial. Entre as medidas anunciadas para concretizar o corte de R$ 50 bilhões anunciado no ajuste fiscal do governo, está a suspensão de concursos públicos e nomeações e o congelamento salarial dos servidores, o que vai aprofundar a precarização do setor e a defasagem salarial.

Greves e mobilizações
A categoria, porém, não vai esperar de braços cruzados pelo desmonte dos serviços públicos. No dia 16 de fevereiro, uma marcha unificada do funcionalismo reuniu cerca de 5 mil pessoas em Brasília, de diversos setores e centrais, como CSP-Conlutas, CUT, CTB e Intersindical, marcando o início da campanha salarial 2011.
Em seguida, as entidades do funcionalismo se reuniram em um fórum para discutir os próximos passos da resistência aos planos do governo Dilma.

“Logo na segunda quinzena de março os servidores vão à luta, a Fasubra, por exemplo, já tem indicativo de greve a partir do dia 28”, afirma Paulo Barela, da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas. A Fasubra reúne os sindicatos dos servidores técnicos administrativos das universidades federais e, além do arrocho, luta contra o avanço da terceirização e da privatização das universidades.

“Para o dia 13 de abril definimos um grande ato em Brasília contra a política de congelamento salarial do governo e pela reposição das nossas perdas no último período”, explica Barela. As bandeiras dos servidores devem incluir ainda a luta em defesa das aposentadorias, contra uma nova reforma da previdência e por uma verdadeira valorização do salário mínimo.

O plano de lutas prevê ainda, em abril, uma jornada de manifestações nos estados no dia 28.

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