Trabalhadores pedem reajuste salarial de 46,23%Após uma última tentativa da direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) de acabar com a possibilidade de uma greve, os trabalhadores da Prefeitura de Teresina, a maioria de educadores, decidiram por unanimidade pela greve por tempo indeterminado a partir da segunda-feira, 18 de maio.

A atual diretoria do Sindserm, atrelada ao prefeito Sílvio Mendes (PSDB), levou o secretário municipal de finanças e tio do prefeito, Felipe Mendes, para falar na assembleia. Para nada serviu a presença do secretário. Pelo contrário, surtiu efeito negativo.

De nada valeu a falta de qualquer política por parte da direção governista do sindicato, nem a mensagem do prefeito tucano, antes da assembleia, nos canais de televisão, contra a paralisação. O funcionalismo municipal só queria uma coisa: o atendimento de sua pauta de reivindicação.

Os servidores pedem reajuste de 46,23%, fim do provão como forma de mudança de nível na educação, redução da jornada de trabalho para 36h, reposição de R$ 581 nos salários dos agentes de saúde e outras reivindicações que atendem os servidores dos hospitais municipais.

Felipe Mendes tentou sensibilizar os servidores com o discurso da crise. Porém a classe não caiu na lábia do secretário. Com faixas de “Reajuste já!” e “Não pagaremos a conta da crise!”, a categoria aprovou a greve por tempo indeterminado e diversos encaminhamentos como a instalação de outdoors na cidade para informar a população sobre a greve, inserções na TV, carros de som nos mercados e ida à Câmara Municipal.

Militantes da Conlutas e da Intersindical, reunidos no grupo Oposição Base em Ação, estão dirigindo o movimento, pois a direção do Sindserm se nega a dirigi-la. É greve até a vitória!

*Gervásio Santos é professor da rede municipal e dirigente estadual da Conlutas Piauí.