Nesta sexta-feira, dia 13, o funcionalismo municipal de Curitiba paralisou suas atividades por 24 horas e mais de 3.000 trabalhadores demonstraram que não aceitam a política de arrocho salarial e realizaram uma passeata pelo Centro, até a prefeitura. O atual prefeito, Beto Richa (PSDB), aplica a mesma política de arrocho do seu antecessor e não aceita nem repor as perdas salariais do último período, que chegam a quase 30%, oferecendo um reajuste de 5,98% a ser pago em duas parcelas. O aumento da contribuição previdenciária para 11%, implementada pela prefeitura, causou uma redução considerável nos salários dos servidores, e o aumento anunciado não chega a cobrir essa perda.

O sindicato até o momento não apresentou um plano coerente para a categoria. Está colocada a possibilidade de unificar a luta com o funcionalismo estadual e federal, que também estão em campanha salarial, até porque a política salarial do governo estadual e federal não é nem um pouco diferente que a da prefeitura. Mas não interessa para atual direção, que é ligada a CUT e defende o governo Lula e Requião, construir uma campanha unificada e um plano de luta conseqüente. Não é por acaso que quem ocupou o microfone hoje foram deputados e vereadores do PT, inclusive Dr. Rosinha, que votou a favor da Reforma da Previdência, que apesar de criticarem a prefeitura, não sabem explicar porque a política de Lula é igual.

Por isso, está colocado o desafio para a categoria, unificar e construir um plano de luta com o conjunto do funcionalismo, pois somente desta maneira será possível conquistar suas reivindicações.