Continua a mobilização dos trabalhadores em educação da rede estadual de ensino de Minas Gerais contra a REFORMA ADMINISTRATIVA encaminhada à Assembléia Legislativa mineira pelo Governador tucano Aécio Neves.No último dia 17 foi realizada uma grande assembléia, seguida de manifestação até o Palácio dos Despachos (sede do governo estadual) dando seqüência ao processo de luta da categoria.

A reforma administrativa de Aécio Neves é um profundo ataque aos direitos dos servidores, pois suas medidas estabelecem contratação pela CLT acabando com o estatuto do servidor juntamente com a perspectiva de plano de carreira; estabelece a avaliação de desempenho com o objetivo de enxugar a máquina; e, articulado com a REFORMA DA PREVIDÊNCIA do governo Lula, apresenta mudanças no IPSEMG (Instituto de Previdência dos servidores de MG): introduzindo as regras da reforma federal e transformando o que era a assistência médica do servidor em um verdadeiro plano de saúde privado.
A categoria, de olho no calendário de lutas nacional, esteve em Brasília no último dia 11 nos 39 ônibus garantidos pelo Sind-UTE, demonstrando juntamente aos demais servidores presentes ao ato o seu repúdio à reforma da previdência de Lula e do FMI.
Até aqui a mobilização dos trabalhadores em educação conseguiu abrir negociações com o governo estadual no dia 9 de junho, com uma próxima reunião marcada para o dia 24/6.

Infelizmente a Direção do Sind-UTE (Articulação Sindical) não encaminha a mobilização no sentido de unifica-la com os outros servidores – saúde, administração. Até a Polícia Militar está em processo de mobilização interna, a qual o governo tenta acalmar, pois a mesma foi a protagonista de um grande levante em 1997 contra o governo Azeredo (PSDB). O sindicato tenta canalizar a luta para a Assembléia Legislativa, cujos deputados da “oposição” – PT e PCdo B- negociam com o governo uma pauta mínima para votação neste semestre sem se opor às reforma neoliberais de conjunto, pois há uma troca de apoios entre PT e PSDB. A direção do sindicato burocraticamente evitou que a greve fosse discutida e votada na assembléia do dia 17/6, apontando com uma possível greve para o segundo semestre, sendo que os pontos principais da reforma serão votados agora.

Nós do PSTU, apesar da direção do sindicato estar nos negando a palavra nas assembléias, estamos nesta luta na defesa dos direitos dos trabalhadores contra as reformas e nossas propostas de mobilização vão no sentido da unificação das lutas dos servidores com a estratégia de construção de uma poderosa greve para derrotar o governo estadual e federal em suas ofensivas de destruição dos serviços públicos. Estamos também impulsionando um movimento de oposição à Articulação Sindical no Sind-UTE, no intuito de construirmos uma direção conseqüente e à altura dos desafios postos nesta conjuntura tão adversa para o trabalhador.

A depender da disposição dos servidores mineiros, estas reformas não passarão.