Enfrentando a intransigência do governo Lula, servidores federais da educação foram obrigados a radicalizar o movimento de greve, que atinge instituições de ensino de todo país. Docentes de 25 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES ) estão parados. A paralisação dos técnico-administrativos afeta 40 IFES. Já os funcionários do ensino médio federal pararam em 24 escolas.

Os três sindicatos que representam as categorias em greve, Andes (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior), Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional) e Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores nas Universidades), constituíram um Comando de Greve e estão unificando as mobilizações contra o governo. No dia 22 de setembro os servidores realizaram uma manifestação em pleno Congresso, denunciando também o mar de lama que toma conta de Brasília.

“O governo não dá resposta para os servidores e empurra a greve com a barriga. Temos agora que ampliar e radicalizar o movimento, que está crescendo nos três setores”, explica William Nascimento, diretor do Sinasefe e militante do PSTU. Como parte da radicalização, os servidores realizam um acampamento em Brasília de 28 a 30 de setembro, para pressionar o governo. A Conlutas está na linha de frente do movimento.

Lula: Mais arrocho em 2006
O governo já revelou o que guarda para os servidores em 2006: mais arrocho. Lula vetou na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) o reajuste linear de 1,9% aos servidores, aprovado pelo Congresso. O motivo alegado pelo governo não foi a falta de recursos, mas seu desacordo com o reajuste linear. Lula promove uma política de gratificação diferenciada, a fim de impor a divisão da categoria e dificultar uma luta unitária contra o arrocho.

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