Show contra desarmamento realizado na manhã de domingo, dia 17, foi palco de vários protestosServidores federais dos órgãos ligados ao Ministério da Cultura em São Paulo protestaram contra o ministro Gilberto Gil durante cerimônia da campanha pelo desarmamento na Praça da Sé. Os servidores estão em greve exigindo a implementação de um Plano de Carreira, reivindicação da categoria desde 1990 e amargam a pior defasagem do funcionalismo público federal. Durante a manifestação, os servidores distribuíram uma carta aberta à população e ao ministro, exigindo o atendimento das reivindicações da categoria.

Hipocrisia do desarmamento
Enquanto os servidores protestavam, com faixas e cartazes, para Gilberto Gil, um morador de rua deu início a um solitário protesto contra o ministro e o governo Lula. “Ladrão, o povo quer é emprego”, gritava o homem indignado. Poucos minutos depois, outros populares se somaram à manifestação de indignação. “Tem que desarmar é a polícia, que matou 30 lá no Rio”, disse um manifestante.

A polícia e a guarda municipal não demoraram a aparecer para intimidar os manifestantes. Um morador de rua se recusou a parar de protestar e foi ameaçado por um policial militar. “Aqui não posso fazer nada, mas espera só a gente se encontrar na rua” disse ao manifestante um PM, em pleno ato pela “paz”.

Apesar da divulgação e da presença de artistas de mídia e ministros, o evento foi um tremendo fracasso de público, contando apenas com algumas centenas de escoteiros. Depois das falações, o cantor que recentemente causou um furor na imprensa ao espancar sua própria esposa, o pagodeiro Netinho, deu início ao show. Gilberto Gil fechou o evento com a canção “A paz”.