Na segunda-feira, dia 4 de julho, os servidores públicos federais realizarão um ato contra a corrupção, contra o ataque ao direito de greve e pelo atendimento das reivindicações dos servidores. O ato será em frente ao prédio do Ministério da Agricultura em São Paulo, na Rua 13 de Maio, às 10h.

Nas tentativas de negociação, não houve avanço nenhum na pauta e o governo insiste que só pode ‘aumentar’ em 0,1% os salários dos servidores, que acumulam perdas de 150% desde 1995. Por outro lado, há dinheiro sobrando para pagar mensalões a deputados e liberar emendas na tentativa de abafar a CPI.

Diante dessa intransigência, várias categorias do funcionalismo público federal entraram em greve nacional no dia 2 de junho. No estado de São Paulo estão em greve os servidores do INSS, Funai, Incra, Agricultura, Cultura e Advocacia Geral da União. A pauta nacional de reivindicações inclui reajuste linear de 18%, paridade entre ativos, aposentados e pensionistas e atendimento das reivindicações específicas dos órgãos.

Essa greve deve se estender aos outros setores do funcionalismo, pois na última Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais, ocorrida em Brasília no dia 25 de junho, foi aprovada a continuidade e ampliação da greve nacional para todos os outros setores do funcionalismo federal.

Na semana de 20 a 24 de junho, os servidores federais fizeram marchas e atos públicos em Brasília, que chegaram a reunir 8 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. Apesar disso, o governo insistiu em não negociar com a categoria nada além dos vergonhosos 0,1%. Além disso, os servidores vêm sofrendo muita pressão e ameaças nos órgãos para que não entrem em greve. Por isso, o ato de segunda-feira também reivindica a garantia do direito de greve.