Cerca de 300 servidores da educação e saúde estadual do Rio de Janeiro realizaram, no dia 21 de setembro, um protesto contra a governadora Rosinha Garotinho. Ela e o marido, Anthony, que a antecedeu no Palácio Guanabara, governam o estado há oito anos.

Com uma passeata pela Avenida Rio Branco, da Candelária à Cinelândia, iniciada às 13 horas, a atividade foi um “bota fora” do casal. Na ocasião foram denunciadas à população a política de destruição do serviço público e a corrupção, marcas registradas da família Garotinho.

A passeata, apesar de sua combatividade, não deixou de lado o bom humor. Um caixão rosa, é claro, enterrou simbolicamente o governo. Também estiveram presentes uma mãe de santo, purificando o Rio de Janeiro, e um foguete, para enviar a família “para bem longe”.

Adeus, Rosinha e Garotinho
Os profissionais da educação também realizaram no dia uma paralisação de 24 horas, numa clara demonstração política de rejeição ao governo. Atualmente, o piso da categoria é de R$ 431 (são 11 anos sem reajuste salarial), e os benefícios conquistados pela categoria não são estendidos aos aposentados e pensionistas.

A diretoria do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) também denunciou as péssimas condições em que se encontra o ensino público. Retirada de direitos de trabalhadores, fim das eleições diretas para diretores de escolas e unidades de ensino caindo aos pedaços são alguns exemplos desta triste realidade.

“O ataque ao serviço público e o não reconhecimento de direitos reconhecidos até por lei são práticas cotidianas do casal Garotinho. A categoria, por sua vez, demonstrou ao longo dos anos que está disposta a resistir e continuar a mobilização pelas suas reivindicações”, disse Vera Nepomuceno, coordenadora geral do Sepe e militante do PSTU e da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas).